sexta-feira, fevereiro 25, 2005

Uma história de encantar

Era uma vez uma princesa...



... e um princípe...



ambos viviam um bocadinho tristes, num reino escuro e sombrio, rodeados de bruxas e feiticeiros maus. Cada qual no seu cantinho, pois não sabiam da existência um do outro.
Numa bela noite, em que a lua tinha um sorriso diferente e especial e as estrelas segredavam ternura, a princesa recebeu a visita de uma fada, que lhe trouxe uma mensagem encantada. Essa mensagem tinha um outro destino, mas a fada como era boa, interceptou a mensagem e deu-a à princesa... era uma mensagem do princípe.
A princesa respondeu ao princípe, através da fada e o princípe respondeu à princesa, e a princesa ao princípe e assim passaram algum tempo (coitada da fada:) ). Não se conheciam, apenas trocavam palavras de ternura e, sem se aperceberem, começaram a sorrir.
Até que um dia...



Encontraram-se, por acaso (ou talvez por magia da fada) e, apaixonaram-se. Viviam um amor tão lindo e profundo, que todas as borboletas do reino giravam em torno deles e o canto das aves soava a algodão doce... Era um amor perfeito, jamais visto por aquelas bandas.
Foram abençoados por todas as outras fadas e pelos reis daquele reino maravilhoso e encantado.
Ainda hoje, esse amor prevalece e grita-se aos quatro ventos



que hão-de casar, ter muitos filhos e serem felizes, muito felizes, até que a morte os separe.

O FIM


"O Princípe"


"A Princesa"

terça-feira, fevereiro 22, 2005

Amar até mais não





É tão delicioso este amor que existe dentro de mim.
Ser mãe foi a melhor dádiva que Deus me deu. Amar o meu filho como amo é um sentimento tão puro, tão forte e maravilhoso que, nem sei se é bom depender de alguém assim. É muito mais importante do que este ar que respiro, nada tem valor ou significado sem ele.
O pavor que sinto ao pensar que algo lhe possa fazer sofrer, tenta-me consumir aos poucos e aos poucos, tento com que esse medo me seja indiferente... e até acaba por sê-lo, ao vê-lo sorrir.
Pode não ser dos filhos mais perfeitos, para os outros é claro, mas para mim, nada, nem ninguém é mais perfeito que ele.
Vê o mundo à maneira dele, expressa os sentimentos à maneira dele, dá-se a entender à sua maneira e cabe-me a mim e àqueles que o rodeiam fazer um bocadinho de esforço para o compreender, tentando amá-lo e ajudá-lo da melhor maneira... da maneira como ele merece.
Ser cego não é fácil, muito menos quando se é criança e o mundo todo nos foge e passa ao lado; mas uma coisa eu sei: com amor, dedicação, e apoio poderás chegar (quase) onde os outros chegarão e eu estarei cá... para tudo, tudo, tudo...

segunda-feira, fevereiro 21, 2005

Um passado tão presente



"Eu quero casar contigo, amanhã..."




"... e uma vontade de rir
nasce do fundo do ser
e uma vontade de ir
correr o mundo e partir
a vida é sempre a perder..."





"Sei de cor, cada lugar teu
Ancorado, em cada lugar meu
E hoje apenas isso me faz acreditar
Que eu vou chegar contigo,
Onde só chega, que não tem medo
De naufragar..."




"Roendo uma laranja na falésia,
Olhando um mundo azul à minha frente...
...aqui no lugar de Porto Côvo..."

sexta-feira, fevereiro 18, 2005

Presente



Queria neste poema a cor dos teus olhos
e queria em cada verso o som da tua voz:
depois, queria que o poema tivesse a forma
do teu corpo, e que ao contar cada sílaba
os meus dedos encontrassem os teus,
fazendo a soma que acaba no amor.

Queria juntar as palavras como os corpos
se juntam, e obedecer à única sintaxe
que dá um sentido à vida; depois,
repetiria todas as palavras que juntei
até perderem o sentido, nesse confuso
murmúrio em que termina o amor.

E queria que a cor dos teus olhos e o som
da tua voz saíssem dos meus versos,
dando-me a forma do teu corpo; depois,
dir-te-ia que já não é preciso contar
as sílabas, nem repetir as palavras do poema,
para saber o que significa o amor.

Então, dar-te-ia o poema de onde saíste,
como a caixa vazia da memória, e levar-te-ia
pela mão, contando os passos do amor.


Nuno Júdice "O Estado dos Campos"

quinta-feira, fevereiro 17, 2005

O meu piolho



Cabias na palma da minha mão e hoje não tenho mãos para te medir...
Não sabias chorar, nem tão pouco respirar. Cada minuto de vida era uma vitória, vitórias essas que foste acumulando no teu longo curriculum de sobrevivência. Eras um herói de meio palmo.
O cheiro a café com leite daquele hall de entrada, os alarmes que ecoavam por toda a unidade, as batas verdes que tinha de vestir e as luvas esterilizadas que tinha de calçar diariamente, são situações sem importância, que ainda hoje me vêm à memória e me levam à angústia sentida, que me preenchia a mente e a alma.
Foram 5 meses longos e cruéis os que passámos "internados", naquele hospital, que tantas lágrimas me roubou. Tu, na tua encubadora, que o que tinha de mais era: espaço e, eu, sentada do teu lado sem saber o que fazer. Limitava-me a olhar-te e pensar: - que ser maravilhoso!
Só quando te peguei pela primeira vez (nem sei bem como, pois ainda pesavas cerca de 800 gr e o ventilador ainda era o teu melhor amigo) é que percebi que eras muito mais que um ser maravilhoso. Não sei; senti que precisavas de mim e que sem ti, nada fazia sentido para mim. Senti e meses mais tarde confirmou-se. Torná-mo-nos, completamente, dependentes um do outro e hoje, somos muito mais que mãe e filho. Alimentamos o nosso amor com beijos, abraços, ternura e sorrisos. E hoje somos tão felizes, não é piolho?

segunda-feira, fevereiro 14, 2005

Para ti...



O refexo das águas nas paredes, o coaxar das rãs, a lua perfeita, o céu (talvez igual ao de Berlim), a varanda, esta música e tu; mostraram-me que o essencial é invisível aos nossos olhos...
Hoje, sou eu que te digo:

"Never knew
I could feel like this
Like I've never seen the sky... before
Want to vanish inside your kiss
Everyday I love you more and more
Listen to my heart
Can you hear it sing?
Tell in me to give you everything...
Seasons may change
Winter to Spring,
But I love you
Until the end of time
Come what may
I will love
Until my dying day.
Suddenly the world
Seems such a perfect place
Suddenly it moves
With such a perfect grace
Suddenly my live doesn't seem such a waste
It all revolves around you.
And there's no mountain too high
No river too wide
Sing out this song
And I'll be there by your side
Storm clouds may gather
And stars may colide...
...but I love
Until the end of time
Come what may
I will love you
Until my dying day...



"...My gift is my song...
and this one's for you,
and you can tell everybody
that this is your song...

...How wonderful life is
now you're in the world..."

sexta-feira, fevereiro 11, 2005

Um sorriso às escuras



O primeiro impacto é sorrir; o segundo é deixar embalar o coração na ternura que esta imagem transmite... E quem não a consegue ver? Haverá palavras para definir a sinceridade e inocência deste beijo? Será possível transformá-la em palavras? Sem dúvida que há...